domingo, 17 de março de 2013

Milheirós de Poiares, um pouco de história...





Milheirós de Poiares é uma freguesia pertencente ao concelho de Santa Maria da Feira, no distrito de Aveiro, dista cerca de 8,93 quilómetros da sede de concelho e tem por orago S. Miguel, celebrado anualmente em setembro.

O povoamento do território desta freguesia poderá remontar a épocas muito anciãs, como parece indicar o topónimo Mamoa, um lugar situado na extremidade setentrional, que nos conduz a um monumento celta que aqui terá existido. Milheirós de Poiares é uma freguesia com um passado documentado, desde os tempos de D. Afonso Henriques, pois são vários os documentos que lhe fazem referência.

Um documento datado de 19 de janeiro de 1142, refere uma permuta de bens entre o nosso primeiro Rei e o Mosteiro de Grijó, na pessoa do Prior Trutesindo. Este possuía uma herdade em Milheirós e a do monarca situava-se na vila rústica de Dentazes (agora um lugar da freguesia, outrora Vila), abaixo do Monte Codal, junto ao rio Ul. Um outro documento de outubro de 1160, menciona a doação que Paio Aires e sua mulher Godinha Vermuiz fizeram ao Mosteiro de Grijó; o casal doou a sua parte na igreja da freguesia e outros bens anexos, sem qualquer condição. Noutros tempos, esta freguesia foi habitada por famílias nobres, como foi o caso dos Perestrelos, que tiveram aqui a sua residência. Eram fidalgos provenientes da Lombardia, na Itália, começando a gozar dos privilégios da nobreza e a ostentar brasão de armas durante o século XV. Esta família notabilizou-se principalmente num dos seus membros (embora a sua ligação a Milheirós de Poiares não seja totalmente certa), Bartolomeu Perestrelo, um dos descobridores da Madeira. Milheirós de Poiares, eclesiasticamente, foi um cuarto apresentado pelos cónegos regrantes de Santo Agostinho do Convento da Serra do Pilar, passando posteriormente a Reitoria.


Foi incluída no Foral da Feira, dado por D. Manuel I, a 10 de fevereiro de 1514, em Lisboa.

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